" O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não."
Mahatma Gandhi
Quero andar entre os montantes de gente e passar despercebida,quero ser o comum estou insatisfeita de sempre passear entre a contra mão de tudo,o contrafluxo das coisas com as minhas verdades inteiras e meus medos inconfessáveis. Me sinto prestes a adentrar ao avesso da vida,um júri que acusa e condena por atos e fatos,e posso dizer sem sombra de duvida mesmo consciente dos erros passados não me acovardo,hesito,mas trago uma certeza jamais poderei ser acusada do infortúnio do recuo,serei sentenciada e condenada pelo crime inafiançável da intensidade,pagarei firme de que o morno nunca foi a minha temperatura..
Não quero mais viver como coisa que tenta ser o tempo todo inevitavelmente forte, há muito já escuto falar que é uma característica do fim,não preciso ser forte como uma rocha, e encontro os meus sentimentos livres ,e livre para ser sentido,desejado e provocado, não o condeno,mas há coisas que não cabem em mim, e posso admitir mesmo com lagrimas nos olhos que não sou capaz de suportar...
Um tudo e nada misto e ambivalente,mas tão forte como uma oração e tão cega quanto um pagão,conjeturando uma verdade invisível,insossa e intacta por segurança...
Eu,meus sentimentos e só!
Não quero dizer adeus de novo,mesmo que precise partir;pelo despreparado para enfrentar um amanhã certamente incerto,pelo fracasso ser categórico;não bem vindo.
Como uma ave prisioneira do seu céu, como onda restrita ao seu mar,meus impulsos,minha calma e a minha solidão.
E por isso me escondo entre uma justificativa qualquer para sentir segura que de que preciso de uma dor que me revele, como tal que me faria sorrir.. mas o medo ainda é presente e a vida se torna um rascunho do que poderia ter sido ,há uma sensação que domina o corpo, que arde,queima,arrepia e pestaneja..tenho certeza que ele está por aqui,já posso sentir os cacos de vidro cortantes feito lança pronto para marcar minha mais uma vez minha alma...ainda posso sentir minhas ultimas gotas de sangue não “amorizado” escorrendo com pena de nós,uma imensidão do que não se constrói,um nada com tanto significados que chega a bagunçar por dentro,sempre um caos singular e de novo eu,mas agora estamos sós,no entanto posso te deixar ir,já sabemos o que acontece depois...
Lembra? Amor não se pede... e essa regra eu não quero quebrar!