Quantas palavras soltas em eclipses desenhando a minha
solidão, quantos ventos soprando na contramão,e
ataques subalternos de pressa só no pensamento construído de força, que a
medida que encontra com o desespero se perde.
Quanta agonia tropeçando em desassossego que encontra
conforto em lagrimas ,quanto mais daquilo,menos disso,um misto,um mito,uma
ausência;eu no contexto sem afago , sem abraço,sem você.
As doses se soltam e sobem e descem,os amores se vão e eu
continuo a pensar naqueles fonemas,no pra sempre que você disse,com a mesma
pretensão que escutei seus”nunca mais “ e continuo a fumar e sonhar ,a
diferença é que as estrelas não sorriem mais,e faz tempo que não vejo a cor do
céu.
Aceitei a condenação daquele mundo perdido de uma ilusão
mascarada,que se apresenta vestida de calmaria.
Sinto o frio daquele inferno que trazem ao meu corpo o arrepio
de noites silentes.
Sinto as chaves longes das portas e os olhares cadentes como
naquele momento em que estive longe,mas ninguém percebeu. É como mesmo com
tantas almas a minha ainda caminhasse só.
Então eu não faço nada,por que não dá para caminhar por um
caminho ainda não construído,e não dá para desistir daquilo que não foi
feito,nada mais faz parte da minha história,nada mais me conforta em pensamento.Essas são as horas que o nada
vira significado de tudo.
Eu,então; não sei mais nada.