entrelinhas...

".. uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida..."
Clarice Lispector

Um lugar incomum..

"Viver é ser outro,nem sentir é possível,se hoje se sente como ontem se sentiu,sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir;é lembrar hoje o que se sentiu ontem,ser hoje o cadáver vivido do que ontem foi a vida perdida."
Fernando Pessoa.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Deterioração...



"As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras."



                                                       Friedrich Nietzsche
                                                                                   
As minhas verdade venceram. Exatamente, estragaram como algo guardado e esquecido.
Zelei tanto pela sua integridade, que ficaram passadas, amolecidas e mofadas.
Ah, não são só morangos que mofam, aliás tudo que foi vivo um dia apodrece, com exceção da minha esperança, que aqui entre nós, sempre foi um tanto morta.
Mas estou aqui para resolver meu problema, a propósito sempre venho aqui quando estou com problemas.
Quero saber o que fazer exatamente com essas verdades decompostas que eu trago aqui comigo? 
Como voltar a viver sem a segurança da minha genuinidade guardada?
Entre tantos caminhos reticentes com parágrafos inúteis, como deixei passar justamente a autenticidade?
Consultei em alguns desapegos, mas não achei absolutamente nada verídico.
Imagino que por isso observo tantas e tantas pessoas pregadas as suas verdades, mesmo envelhecidas e amarrotadas.
Afinal, já não se encontram mais com tanta facilidade a verdade por ai. 

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Poeira...

“Eu quero desaprender para aprender de novo. Raspar as tintas com que me pintaram. Desencaixotar emoções, recuperar sentidos.                                                                                                    Rubem Alves 

                                   Quanta poeira...

O mundo em suas translações me encaminha de novo para esse diário virtual, cafona e um tanto patético.
Houveram grandes mudanças políticas em meu recesso e continuo trajando as mesmas questões tristes e arrependidas.

Ainda continuo aqui.

Ainda calçando as mesmas dúvidas, mas algo mudou.

Mesmo com outras formas, estou aliviada, pois aquela solidão mudou-se.

Pari meu coração e arrumei um companheiro para essa longa viagem pela terra.

Sou grata pela oportunidade de conhecer o amor.

Mas enfim, estou de volta.