Legião Urbana.
Quando estive a passear dentro de mim,procurando algumas respostas, percebi dentro do que não havia dado sinais de sua fraqueza, pequenas cicatrizes que se faziam um ferida inteiras,mil pedaços de tristezas perdidos em falsos sorrisos para que ninguém notasse, mais hoje não dá ! São sentimentos difusos e confusos que me trazem um verdade dolorosa sobre o que sinto; um amor tão forte que por vezes se mistura com ódio, de forma que não fica claro para mim quem é quem ...eles estão perto ..
Mais que dor é essa ?
Alguém sabe o que eu tô sentindo ?
e como é que ela sai de dentro de mim ?
A doença da maldade que causa efeitos colaterais nos outros fazendo-nos sangrar e abrindo feridas tão intensas que não se pode suportar..
É no âmago amargo, é na alma e dentro de uma caixinha no qual guardo todos aqueles nobres sentimentos...
De fato tenho a impressão de que ela nunca existiu , por que esteve sempre tão perto de mim ...
E é exatamente nessa hora que escorre do meu rosto um tipo de agua diferente da agua do mar, salina,quente, na medida que escorre fica fria , congelada...mais nessa pequena gotícula que deixam esses olhos por horas tão avermelhados, estão inseridas orgulho e muita decepção;e da forma mais intensa que possa existir ..estou falando de dor , estou falando de um fim ...
Fim pra quem ?
Mais soa como o recomeço da busca pra fazer tudo isso ir embora ...agora sim o silencio tão companheiro me amedronta , essas tardes de janeiro que causam apavoro,são elas junto com a minha solidão que trazem a tona a verdade, que parece inadmissível, sim;escorre orgulho,silente , calmo e escuteiro experiente e fiel, ele e eu sabemos aonde tudo irá chegar..
Eu sou a mentira que criei,não posso responsabilizar ninguém ao meu engano, eu engano a mim mesma consciente e por isso a decepção, por que parece que saber a verdade,não muda o amor por aquela mentira..por que conforta e faz tão bem ...
Um castelo destruído com uma rainha deposta,e quanto mais forte o desejo de que tudo se acabe , mais real e imutável ele fica...o meu medo do tempo se fortalece no meu desespero para que ele vá embora e carregue de uma vez essa ânsia do mundo, das coisas e da vida.
Me sinto lúcida mesmo após todas as doses que consolaram as minhas frustrações, me sinto só mediante a toda multidão que trás esse estranho conforto,que no meu pensamento é vergonhoso , pelo erro grotesco que cometi novamente ....
Mas dentro da culpa,eis que surge inesperadamente um sorriso que lava os dente com essas lágrimas,por lembrar-me diante de tudo que nem todos os meus princípios foram violados,a minha inocência me permitiu amar, confiar e acreditar; o que nenhum tolo mentiroso conseguirá jamais, pois como um animal venenoso é imune ao seu próprio veneno,assim eles jamais saberam o gosto agridoce da verdade, e na sensação de acreditar nela ...
Latente e reprimida dor,trata-se agora de uma velha amiga que voltou, e que trato como uma boa companheira,pois será ela que na ausência da tristeza(felicidade)me fará lembrar de não carregar em nenhum dos meus bolsos a esperança de que agora tudo será diferente.
Fiz planos em um papel que se dilacerou em contato com o suor do meu rosto que derrubei para realizar o que tinha proposto e agora hipoteticamente dissolve nos meus dedos misturados com ódio e culpa; essas que certamente passaram, que deixaram de herança o aprendizado.
Os sorrisos voltaram um dia a ser constantes,mais não vou mais descuidar do que sinto, colocando-os nas mãos falhas de alguém que não saiba honrar..
Posso colocar nas mãos de um qualquer, mais jamais nas mãos de qualquer um ...
Novamente é dado voz ao sábio silencio...
"...E vou escrever esta história para provar que sou sublime.." Fernando Pessoa .
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